Movimento eugenista é o movimento social baseado nas teorias de eugenia, cujo objetivo é "melhorar" a raça humana.[1] Reivindica melhorar as características genéticas de populações humanas através de mistura seletiva de pessoas, esterilização obrigatória de débeis e futuramente através da engenharia genética.
A ideia foi disseminada por Francis Galton, responsável por criar o termo, em 1883. Ele imaginava que o conceito de seleção natural de Charles Darwin – que, por sinal, era seu primo – também se aplicava aos seres humanos.
Seu projeto pretendia comprovar que a capacidade intelectual era hereditária, ou seja, passava de membro para membro da família e, assim, justificar a exclusão dos negros, imigrantes asiáticos e deficientes de todos os tipos.
Galton acreditava que, se conseguíssemos encontrar a maneira de quantificar essa hereditariedade, poderíamos controlá-la e produzir humanos melhores, como fazemos com o gado e com as plantas. A esse novo programa de reprodução seletiva que permitiria tomar as rédeas da nossa evolução, se deu o nome de eugenia.
A uma hora de Nova York, no vilarejo de Cold Spring Harbour, há um laboratório de investigação genética que foi fundado em 1890, pouco depois de Charles Darwin publicar a teoria de evolução e seleção natural. O guia do local explica que, "entre o final do século 19 e o começo do século 20, Se um humano era considerado indigno de transmitir sua hereditariedade a gerações futuras, era esterilizado contra sua vontade"
A Califórnia se tornou o terceiro estado americano a promulgar uma lei de esterilização, liderando a eugenia nos Estados Unidos. Em 1921, a Califórnia tinha executado 80% das esterilizações em todo o país.
HITLER
"Muita gente associa a palavra 'eugenia' aos nazistas e ao Holocausto. Mas isso está errado. Na verdade, Hitler aprendeu
com o que os EUA haviam feito",
devido ao Holocausto promovido pela Alemanha nazista houve “constrangimento internacional em relação à eugenia”,
o número de esterilizações começou a diminuir após a guerra, em grande parte devido à indignação causada pelo movimento eugenista de Hitler. Entre 1909 e 1963, foram feitas cerca de vinte mil esterilizações forçadas na Califórnia.
ORIGEM NO BRASIL
Nos primeiros anos do século XX havia no Rio, então capital brasileira, a ideia de que as epidemias brasileiras eram culpa do negro, recém-liberto com a abolição da escravatura (1889). Portanto, para parte da elite intelectual da época, a eugenia seria uma forma de ‘higiene social’, tanto que “saneamento, higiene e eugenia estavam muito próximas e confundiam-se dentro do projeto mais geral de ‘progresso’ do país”, conforme assinalou a pesquisadora Maria Eunice Maciel, professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Renato Kehl (1889-1974), considerado o pai da eugenia no Brasil
A CNBB publicou um documento oficial em que chama a eugenia moderna de cultura da morte, dizendo: Os autores da Cultura da Morte traçaram sua primeira grande estratégia no Brasil em 1952, por ocasião da fundação do Conselho Populacional, em Nova York, por iniciativa de John Rockefeller III. A estratégia consistiu essencialmente na disponibilização, em escala mundial, dos serviços de planejamento familiar e da legalização do aborto. A segunda estratégia deles iniciou-se em 1990 quando a Fundação Ford criou, naquele ano, a política mundial dos direitos sexuais e reprodutivos. (CNBB)
Médicos, engenheiros, jornalistas e muitos nomes considerados a elite intelectual da época no Brasil viram na eugenia a ‘solução’ para o desenvolvimento do país.
Nas décadas de 1920 e 30, o pensamento eugenista cooptou muitos nomes influentes, como Júlio de Mesquita, proprietário do jornal O Estado de S. Paulo; Oliveira Vianna, jurista e sociólogo considerado ‘imortal’ pela Academia Brasileira de Letras; e o fundador da Faculdade de Medicina em São Paulo, Arnaldo Vieira de Carvalho – que dá nome à conhecida “avenida doutor Arnaldo”, no centro da capital paulista.
O renomado autor de “Sítio do Picapau Amarelo”, Monteiro Lobato, não só era bastante próximo de Renato Kehl, como chegou a escrever um livro baseado nas ideias de eugenia.
Publicado em 1926, “O Presidente Negro – O Choque das Raças” falava de um homem negro que assumiria a Casa Branca no ano de 2228 e uniria todos os brancos dos Estados Unidos a ponto de esterilizar e exterminar os negros de seu país.
Pouco depois de lançar o livro, Lobato menciona o amigo em termos que hoje soam assustadores:
“Renato, tu és o pai da eugenia no Brasil e a ti devia eu dedicar meu Choque, grito de guerra pró-eugenia. Vejo que errei não te pondo lá no frontispício, mas perdoai a este estropeado amigo. Precisamos lançar, vulgarizar estas ideias. A humanidade precisa de uma coisa só: póda. É como a vinha”.
COMO
A professora Maria Maciel enumera algumas das ideias de Kehl: “segregação de deficientes, esterilização dos ‘anormais e criminosos’, regulamentação do casamento com exame pré-nupcial obrigatório, educação eugênica obrigatória nas escolas, testes mentais em crianças de 8 a 14 anos, regulamentação de ‘filhos ilegítimos’ e exames que assegurassem o divórcio, caso comprovado ‘defeitos hereditários’ em uma família”.
O Instituto Galton é uma sociedade instruída sem fins lucrativos sediada no Reino Unido. Seus objetivos são "promover a compreensão pública da hereditariedade humana e facilitar o debate informado sobre as questões éticas levantadas pelos avanços na tecnologia reprodutiva". Wikipedia (inglês)
Bill Gates é frequentemente criticado por seu apoio ao controle populacional. Ele lamentou como o crescimento da população está aumentando nos países em desenvolvimento. Em 2018, Bill Gates disse ao Financial Times que uma solução para diminuir o crescimento populacional na África incluiria “ferramentas de saúde reprodutiva”. E no Fórum Econômico Mundial, o fundador da Microsoft sugeriu: “Os maiores recursos são as ferramentas modernas de contracepção. Se você tem estas disponíveis, as pessoas têm mais controle sobre poderem espaçar seus filhos.”
A Fundação Gates TAMBEM FINACIA a ONG Planned Parenthood – que comete 40% de todos os abortos nos EUA
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