Assim diz o Senhor:

A ti, pois, ó filho do homem, eu te constituí por Atalaia sobre a casa de Israel;
portanto ouve da minha boca a palavra, e da minha parte dá-lhes aviso.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Teologia pastoral

teologia pastoral

4 - REQUISITOS PARA O APOSTOLADO

O TRABALHO DE UM EVANGELISTA:

O texto de II TM 4:5 não diz que ele (Timóteo), era um Evangelista, porém sim: “Faz a obra de um Evangelista”; é claro que Paulo reconhecia que havia esse dom em Timóteo, essa é a razão das seguintes recomendações:

- Deve se exercitar (I TM 4:14). O exercício ministerial desenvolve a habilidade para fazê-lo melhor. Esta é a regra (I TM 4:14-16);

- Deve evitar a negligência (I TM 4:14) um homem negligente não pode ser um bom ministro de Cristo. Se negligenciar a palavra não pode pregar a palavra de Deus, se negligenciar a oração não pode orar pelos enfermos, se negligenciar o amor, não pode ganhar almas para Cristo;

- Deve avivar o Dom de Deus (II TM 1:6). Avivar dá a ideia de fazer aparecer o fogo que está debaixo das cinzas. Somente uma mensagem avivada pode deixar resultados duradouros nos corações dos homens. O antônimo de avivado é covarde, medroso, pobre espiritual. Tomemos para nós esta advertência de |Paulo e sejamos valentes para manifestar todos os dons de Deus.

D- O DOM DE PASTOR:

Somente o título não é suficiente, é necessário o Dom espiritual e que seja evidenciado na prática por um ministério de êxito e uma conduta disciplinada (I TM 5:1-2) por causa da complexidade desta função.

A DUPLA FUNÇÃO DO PASTOR:

Em João 21:15-17, na conversação que Jesus teve com Pedro ele utilizou os termos para a dupla função de Pastor que são:

- Apascentar (vs. 15,17). O vocábulo significa “alimentar, dar comida”. A linguagem – é figurada e traduz o dever de doutrinar, ministrar conhecimento, dirigir ao bom caminho.

- B- Pastorear (v.16). Pastorear exige todas as qualidades para apascentar e ainda mias, buscar, alimentar, proteger dos tempos maus e animais ferozes (Amós 3:12; II SM 5:2), e ainda busca as débeis ovelhas (EZ 34:8; LC 15:1-7).

AS QUALIDADES DO PASTOR:

Como parte da função o Pastor tem os seguintes encargos:

- Doutrinar os crentes (I TM 3:2);

- Apascentar o rebanho de Deus (I PE 5:1-3);

- Exercer vigilância com amor (AT 20:28);

- Admoestar com amor (AT 20:31; II TM 4:2);

- Cuidar dos necessitados (GL 2:9-10);

- Visitar os enfermos (TG 5:14-15);

- Cumprir o papel de despenseiro (I CO 4:1-2).

E- MESTRES:

- Há quatro palavras hebraicas e duas palavras gregas envolvidas neste termo mestre, a saber:

A – BIN (fazer compreender): ilustra a verdade.

- Esse verbo ocorre por mais de uma centena de vezes no AT. Sempre ligados à idéia de compreensão, conhecimento, etc. De fato no hebraico, entendimento, sabedoria, corresponde a BINAH.

B – YARAH (direcionar, ensinar): dar direção.

- Esse verbo é sempre usado no sentido de ensinar. EX 4:12,15; LV 10:11.

C – LAMAD (ensinar)

- Palavra hebraica usada por 57 vezes com esse sentido. DT 4:1, 10; 5:31; 6:1.

D – SAKAL (fazer agir sabiamente): influenciar o comportamento.

- Usado várias vezes no sentido de ensinar. DN 1:17; 9:22.

E – DIDÁSKALOS (mestre, professor): que trabalha no ensino.

- Palavra grega usada cinqüenta e oito vezes no NT (MT 8:19; 9:11; TG 3:1). O substantivo, didaskalia (ensino) aparece por 21 vezes de Mateus 15:9 à Tito 2:10. E o verbo didasko (ensinar), é usado 70 vezes de Mateus a Apocalipse.

F – KATECHÉO (instruir): ensinar fazendo.

Verbo grego também usado no NT LC 1:4; GL 6:6.

O PROFESSOR NO NOVO TESTAMENTO:

No NT, o substantivo didáskolos é usado de maneira geral, para indicar qualquer tipo de professor, de assuntos religiosos ou não (MT 10:24; LC 6:40), que é termo grego equivalente ao termo hebraico RABI, que significa meu MESTRE (MT 8:19; 12:38; 19:16; 22:16, 36).
De todos os mestres que ali apareceram, nenhum é tão destacado como o Senhor Jesus, o Mestre por excelência. Nicodemos, que Jesus chamou de mestre em Israel, disse: Rabi, sabemos que és mestre vindo da parte de Deus (JO 3:2). Jesus foi o protótipo de uma série de mestres cristãos levantados por ele na igreja. Em 1 Coríntios 12:28 e Efésios 4:11, o apóstolo Paulo se refere ao ministério especial dos mestres, cuja finalidade era de instruir a verdade cristã aos crentes.
A comparação dos textos de Atos 13:1 com Romanos 12:7, 2 TM 1:11 e Tiago 3:1 mostramos que os mestres cristãos que exerciam seu Dom ministerial juntamente com os apóstolos, os profetas, os evangelistas e pastores (na verdade, os mestres eram sempre pastores, embora nem todos os pastores fossem sempre mestres). Na maioria das vezes ensinavam em congregações locais já estabelecidas.
Dentro do círculo apostólico, o grande mestre dos gentios foi o apóstolo Paulo. Ele mesmo testificou: para isto fui designado pregador e apóstolo, mestre dos gentios na fé e na verdade (1 TM 2:7). Tanto os apóstolos como os Pastores eram Mestres, e nenhum pastor pode ser verdadeiro pastor se não for apto para ensinar (1 TM 3:2, 11). Há alguém que sugere que os pastores e mestres seriam aspectos de uma mesma função. Não obstante não se pode provar isso; é óbvio que todo Pastor deve ser um mestre no ensino, pois boa parte do seu trabalho é ensinar.
Nenhum homem é apto para ser Pastor se não souber ensinar, e por sua vez o mestre precisa do conhecimento que a experiência pastoral confere. Esses homens dotados por Deus são guardiões do conhecimento, possuidores de habilidades naturais concedidas por Deus.
A tarefa dos mestres é a de transmitir conhecimento, inspirar aos crentes grandes verdades, e assim, através da instrução geral conferida à igreja, contribuir para levar os crentes mais perto do ideal da imagem de Cristo.

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