teologia pastoral
3 - REQUISITOS PARA O APOSTOLADO
-
Nos registros de Mateus e Lucas não podemos perceber os requisitos,
porque foi uma escolha de Jesus depois de uma noite de oração, por certo
o Espírito Santo deu a Ele a orientação dos nomes que deveriam ser
escolhidos, como fez mais tarde com a igreja primitiva. Mas em Atos
1.15-26 nós começamos a ter revelados os requisitos para o apostolado.
- Por causa da traição de Judas, foi considerado necessário pelos apóstolos colocar outro para ocupar aquele ministério
-
De Judas foi dito que ele teve sorte naquele ministério (v.17), sorte
aqui é equivalente a privilégio, e Judas desprezou este privilégio
recebendo a punição que lhe coube (v.18). Agora é necessário
outro(v.21). Porque também estava profetizado que alguém ocuparia o seu
lugar (v.20; Sl 109.8).
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Outro que ocuparia esse ministério tinha que: Ter tido convivência com
Jesus e os apóstolos desde o batismo de João até o dia em que Jesus foi
elevado ao céu.
- Tinha que ser testemunha da ressurreição do Senhor Jesus Cristo (v.21,22).
-
Foram apresentados dois homens, José e Matias, todos os dois preenchiam
os requisitos, mas só um fora escolhido, no caso Matias, que a sorte
caiu sobre ele depois de terem orado ao Senhor (v.26). O fato de
escolherem um só para completar o número dos doze deixa transparecer a
ideia de que aquele apostolado primitivo (como fora os doze) fechou-se
em si, sendo intransferível.
-
Na verdade não encontramos uma sucessão apostólica, inclusive no livro
de Apocalipse 21.14 encontraremos os nomes dos doze apóstolos nos
fundamentos da nova Jerusalém, comprovando que o número doze encerrava
em si um propósito.
- Depois temos o caso de Paulo, que ele mesmo chamou de abortivo (1CO 15.8), dando a entender que era uma coisa fora do tempo.
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O número doze dos apóstolos, também deixa transparecer a ideia de
judeus, e que para evangelizar os gentios, Deus teve que se valer de
Paulo, um apóstolo fora dos doze (AT 9.15; 13.2-4 46,47; GL 2.7,8; 2 TM
1.11).
B – PROFETAS:
No
hebraico Nabhi= Profeta; no grego Prophetes= Aquele que fala
antecipadamente e em lugar de outro. O ministério profético, tanto do
Antigo como do Novo Testamento, foi modulado na pessoa e no ministério
de Moisés, ( DT 18.15-19; 34.10).
- PROFETAS NO NOVO TESTAMENTO
Em Lucas 16:16 Jesus disse que “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o Reino de Deus...”
Isto
não significa que o ofício profético como ministério não tenha
continuidade, mas que, aquele que anunciava a vinda do Messias, teve seu
cumprimento com o ministério de João Batista, e agora o Reino de Deus é
anunciado. João foi chamado e comissionado a dizer ao povo que aquele
que os profetas anunciaram chegou (MT 3:2-11; JO 1:29). João foi o homem
que Deus utilizou para intermediar a vinda do Messias com o anuncio da
vinda do Reino de Deus, como também foi o primeiro profeta do Novo
Testamento. Jesus não só o chamou de profeta, mas muito mais do que
profeta (MT 1:9), isto por causa do ministério de João Batista, que era
preparar o caminho do Senhor, a vinda do Messias (LC 1:76-80).
- QUAL A DIFERENÇA ENTRE DOM DE PROFECIA (Dom Espiritual) DOM MINISTERIAL (Ministério Profético).
A
diferença entre essas duas coisas é muito grande. É tal como, um
adolescente de 15 anos, entregar uma mensagem profética na igreja, e um
Pastor de setenta anos de idade, com 40 anos de ministério entregar uma
mensagem de ensino bíblico para a igreja. Todas as duas coisas são de
Deus, mas cada um é usado de acordo com a sua capacidade.
O
adolescente que profetiza pode ser chamado de profeta ou que profetiza
pelo Dom de profecia, mas nunca de ministro. Profetizar pelo Dom
espiritual (Dom de profecia) a pessoa pode profetizar na hora da
conversão se receber o batismo com o Espírito Santo (AT 19:6). Dom de
profecia pode ser buscado (1 CO 14:1). O ministro é chamado (HB 5:4).
Deus chama o homem capacita-o e o a dá à igreja. E isso não acontece de
repente, há um preparo. Pelo Dom espiritual não, veja 12:28 de 1 Co o
termo “e a uns pôs Deus na igreja”, uns significa que não são muitos,
muito menos todos. Agora veja (EF 4:11). E Ele deu uns, “uns” para... e
outros... “uns e outros”, diz que não são muitos. Agora volte e olhe o
outro termo em 1 Coríntios 12:28 – “pôs” e em Efésios 4:11 –“deu”. Pôs
na ou deu para. Esses termos singularizam e identifica uma atividade
especial. Enquanto aquele é uma manifestação, esse daqui é um dote de
capacidade. Aquele é de exercício esporádico (pode ser manifesto na vida
de uma pessoa de uma única vez) esse aqui é da atividade constante.
O
Dom espiritual edifica, exorta e consola 14:3 o Dom ministerial, faz
tudo isso e ainda ensina (14:6, 31). O Dom espiritual depende do Dom
ministerial, o ministro ensina o portador do Dom espiritual como
proceder. É o caso de Paulo ensinando aos Coríntios.
O
Dom espiritual recebe a mensagem de Deus e transmite à igreja, o Dom
ministerial interpreta a palavra escrita como também os mistérios
espirituais. No dom espiritual, Deus usa o elemento fonador do profeta,
Deus da a mensagem pronta e o profeta fala, no Dom ministerial Deus usa a
mente do profeta, para compreender mistérios, interpretar e transmitir o
ensino. O Dom espiritual precisa de mensagem falada por Deus.
O
Dom ministerial trabalha com uma mensagem que Deus já falou (a palavra
escrita) além de receber mensagens e revelações da parte de Deus.
C- EVANGELISTA: Evangelista significa proclamador de boas novas, ou o que leva o evangelho.
- JESUS O EVANGELISTA: Jesus desenvolveu o ministério evangelístico com muita eficiência.
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Seu ministério foi predito (Isaías 61:1-3), (Lucas 4:18-19) Jesus foi o
pregador de boas novas e do ano aceitável do Senhor. A pregação de
Jesus consistia na libertação da alma pela Salvação, a libertação do
corpo pela cura, como também a libertação do espírito na expulsão dos
demônios (AT 10:38). Textos que falam da pregação de Jesus acompanhada
de milagres (MT 9:35; MC 1:34-38).
-
Poder de atração: O povo para pelo menos tocar nas suas vestes (MC
6:56). Vinha multidões em busca dele (MT 15:30-31). O povo vinha de
todas as partes (MC 1:45). O povo vinha a Ele pela manhã (LC 21:38).
-
A motivação do seu ministério: O amor e compaixão eram as virtudes que
moviam a Jesus para pregar as multidões. Ele ia pelas cidades e aldeias
pregando o Evangelho (LC 8:1). Falava a um durante a noite (JO 3:1-15). A
outro falava junto ao poço (JO 4:5-30).
O DOM DE EVANGELISTA:
O
termo evangelista se encontra três vezes na Bíblia: Filipe o
Evangelista (AT 21:8). Ele deu uns para Evangelista (EF 4:11). Faze a
obra de Um Evangelista (II TM 4:5). Obs. Um homem, um Dom, um trabalho
de Evangelista.
* Filipe um Evangelista:
Filipe
não foi ordenado ao ministério como se faz hoje. Sua promoção foi
resultado da perseguição (AT 8:1-5), a isso se acrescentou o fervente
amor que tinha pelas almas, o que levou a pregar em Samaria, logo ao
Etíope e depois em Azoto (AT 8:30, 40).
-
Com Filipe aprendemos duas coisas: Evangelista é movido pelo Espírito
Santo. A vocação Divina o inspira (I CO 9:16); Evangelista ainda que
seja usado por Deus para abrir trabalhos (novas igrejas), não tem por
isto direito de se julgar independente do ministério. Os apóstolos foram
comunicado do trabalho em Samaria (AT 8:14), foram enviados para a
cidade de Samaria os Apóstolos Pedro e João para orar pelos irmãos e
doutrinar a nova Igreja em Samaria.
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