teologia pastoral
6 - REQUISITOS PARA O APOSTOLADO
1-
FIDELIDADE: lealdade, firmeza, exatidão, (1ª CO 4.1,2; HB 3.5; NU 12.7;
MT 24.45-47). Fiel, que cumpre aquilo a que se obriga.
Fidelidade é a virtude nomeada pelo Senhor para aprovar um servo, (MT. 25.23).
A- Fidelidade na administração das coisas espirituais:
- Na apresentação da palavra de Deus, (1 PD 4.11 ).
- Imparcialidade na apresentação da doutrina, (TI. 2.1).
- No esforço de produzir para o reino de Deus, ( MT. 25.26,27).
B- Fidelidade na administração financeira, ( 2 RS 22.5-7; DN 6.4,5).
C-
Fidelidade nos negócios particulares, ( 1 Tm 3.7), bom testemunho dos
que estão de fora; bom ministro de Cristo, ( 1 TM 4.6 ), exemplo de
conduta, ( 1 TM 4.12).
2-
OBEDIÊNCIA, ( 1 SM 15.22; HB 5.8; 11.8 ). Vale mais do que sacrifício.
Obediência é corresponder exatamente com a vontade do Senhor naquilo que
se deve fazer, quando ordenado pelo Senhor através de um ministro
superior. Nós nem sempre estamos dispostos a fazer a vontade de Deus,
somos como os da parábola dos dois filhos, ( MT 21.28-31) apresentamos
uma obediência condicional.
3-
PRUDÊNCIA, virtude que leva o homem a conhecer e a praticar o que lhe
convém, tino, moderação, ( JS 1.7-9; PV 14.15; OS 14.9; EF 5.15).
Qualidade de quem age com cautela, com sensatez. Davi se conduzia
prudentemente diante da situação de ameaças que ele vivia com Saul. O
perigo é uma situação na qual nós aprendemos a prudência, pois aquilo
que coloca nossas vidas em dificuldades nos leva a ser mais cautelosos.
4-
EFICIÊNCIA, ação, força, virtude de produzir um efeito, eficaz, que
produz efeitos, ( RM 12.11; AT 20.18-21, 26,27). Capacidade de produzir
efeitos positivos, tanto na obra de Deus, como na vida das pessoas.
Senão houver eficiência em nosso trabalho, as pessoas não vão acreditar
em nós. Quando somos eficientes, nós mesmos acreditamos mais em nós
mesmos, e isso é de fundamental importância, de que eu acredite em mim
mesmo. É a maneira mais fácil de eu saber que estou sendo aprovado.
5-
DILIGÊNCIA, ( PV 10.4; 12.24,27; 22.29; LC 15.8 ). Cuidado intenso,
presteza, providência. Essa palavra tem três sentidos em caráter
progressivo. O cuidado intenso tem a ver coma minha vida, que é a base
moral do ministério cristão, a presteza, tem a ver com a disposição para
realizar o trabalho, a prontidão, e a providência, tem a ver com os
recursos, com a preparação dos recursos para se fazer as coisas. Uma
pessoa diligente, não será apanhada de surpresa quando for solicitada
para executar alguma coisa.
6-
VIGILÂNCIA, vigiar, estar atento, observar atentamente, ( MC 13.33-37:
LC 12.37; 1 PD 5.8). Estar atento, cuidadoso, precavido, ficar de
sentinela. Essa virtude se relaciona com a atividade de não se permitir
ser surpreendido pelo maligno, pois estamos numa batalha espiritual.
7-
INTEGRIDADE, íntegro, completo, perfeito, reto, ( 1 TS 2.10,11; 1 TM
3.2; TT 1.7). Honesto, inteiro em seu caráter. Estas qualidades para a
vida de um ministro são indispensáveis, por que seu ministério se baseia
na sua qualidade moral. A base da atividade pública de um homem é a sua
moral.
8-
HONESTIDADE, ( RM 13.13; 1 PD 2.12). Digno, honrado, integro, decente,
puro, virtuoso, conveniente, decoroso, agradável, conforme a honra.
Essas virtudes compõem o caráter de um ministro de Cristo, que são por
sua vez, os valores que determinam o seu comportamento. Só poderá haver
um bom testemunho se houver tais virtudes.
9-
MODERAÇÃO, ( 2 TM 1.7). Virtude que leva a evitar excessos. Moderação é
o equilíbrio que te mantém na medida para não ser demais. Por falta
desta virtude, alguns não conseguem se manter no posto a que são
destinados. Este foi o pecado de Saul, que foi além do que lhe era
destinado a fazer. Também foi o pecado de Sansão que ia além do
permitido, até que perdeu o poder que possuía. Alguns exageram no poder
que tem, vão além, e alguns há que exageram no sentido contrário,
abdicam do poder que tem, em detrimento de si mesmos e da obra de Deus.
10-
GOVERNO, ( 1 TM 3.4,5, 7). Capacidade de condução, tanto de si próprio,
de sua casa, como também da Igreja de Deus. Governo é um Dom
espiritual, ( 1ª CO 12.28) esse é o Dom que os lideres tem que Ter, ( RM
12.8) para presidir a obra de Deus. O termo grego traduzido para
governo é Kubernesis, literalmente significa administração, direção, por
um piloto, administração pastoral. O sentido dessa palavra é pilotar.
Refere-se aquele que dirige um navio por meio do molinete. A figura de
um piloto que pilota uma nave, e sua responsabilidade com tudo o que
transporta, representa com inteireza as responsabilidades de um líder na
obra de Deus.
11-
CAPACIDADE, ( 1 TM 3.2; 4.15,16). Apto para ensinar. Aptidão,
capacidade nata ou adquirida, capacidade, habilidade, idoneidade. A
aptidão não está vinculada à questão moral somente, existem pessoas
moralmente corretas, que não são capazes de desempenhar nenhuma
atividade quanto à instrução de alguém, é necessário também que haja
instrução, aperfeiçoamento, habilitação, conhecimento e sabedoria.
Obviamente que a questão moral é indispensável, pois isso dará crédito
ao ensino e a pregação, mas a capacidade de interpretação e a capacidade
de transmissão desse conhecimento definem a palavra capacidade. Todas
as empresas do mundo moderno investem na capacitação de seus
funcionários, para a aquisição do melhor produto, a Igreja, não pode
ficar para trás.
4º) DEFINIDO AS PRIORIDADES:
Uma
das armas mais eficazes que satanás tem usado contra a igreja de Cristo
é desviar os ministros de suas reais prioridades, envolvendo-os em
coisas secundarias, ou invertendo a ordem das prioridades. Há pelo menos
duas áreas de prioridades que precisam ser bem definidas, as pessoais e
as ministeriais.
1-PRIORIDADES
Esta área tem pelo menos três coisas a serem consideradas, a vida com Deus, com a esposa e com a família.
A-
O MINISTRO E SUA VIDA COM DEUS: A primeira tentativa de desviar os
Apóstolos de sua real prioridade aconteceu na igreja primitiva, At
6.1-7, a necessidade era justa, mas outras pessoas podiam fazer aquele
trabalho. Ao responder que eles ficariam na consagração e no ministério
da palavra, eles focalizaram as duas áreas primordiais, a pessoal e a
ministerial. Fazendo isto eles seguiram o exemplo da Jesus que tirava
tempo para o pai e depois para o ministério, Mc 1.35; 6. 46,47; Lc
5.15,16; 6.12; 9. 28,29; Mt 14.23.
B-
O MINISTRO E SUA VIDA COM A ESPOSA: A esposa é a pessoa que compartilha
todas as coisas com o esposo o ministro de Deus, ela conhece suas
alegrias, tristezas, intenções, projetos, e suas necessidades. Paulo
escreve em efésios que o marido deve amar sua esposa, 5.29-31. Na
verdade os maiores desastres acontecem pelo fato de alguns há que tenham
um amor platônico, nada pratico, não tiram tempo para a esposa, e
quando se dão conta as coisas já passaram dos limites.
C-
O MINISTRO E SUA VIDA FAMILIAR: A terceira prioridade do ministro é sua
vida familiar, que envolve esposa e filhos. O Apóstolo Paulo diz que o
bispo deve governar bem sua casa, criando os filhos sob disciplina, 1Tm
3.4. É indispensável que o pastor não se esqueça de seus deveres para
com sua família: Para com a sua esposa: respeitá-la 1Pd 3.7; amá-la, Ef
5.25; Cl 3.19; ser-lhe fiel He 13.4; Ml 2.14,15. Para com os filhos:
Amá-los Tt 2.4; levá-los a Cristo Mt 18.1-14; ensiná-los Dt 4.9; Pv
22.6; não provocá-los, Ef 6.4; Cl 3.21; prover para eles 2Co 12.14; 1Tm
5.8; corrigi-los Pv 13.24; 19.18; Hb 12.7.
2- PRIORIDADES DO MINISTÉRIO:
Dentre
as prioridades do ministério, a primordial para o ministro é aquela que
a palavra de Deus determina a ministração da palavra para aperfeiçoar
os santos, Ef 4. 11-16. A situação é tão grave em algumas igrejas, que o
pastor é tido como conselheiro, administrador, assistente social,
capataz etc. ele não é conhecido como o homem da palavra, o que é
lamentável, pois não há para o ministro uma designação mais honrosa do
que esta, a de ser o ministro da palavra de Deus. Quero que você
entenda, não estou dizendo que o ministro não pode fazer outras coisas,
inclusive, as que citei, mas estou me referindo a prioridades. Com o
ministério da palavra o ministro faz com que outras pessoas desempenhem
seus ministérios auxiliares, há inúmeros dons, 1Co 12.1-11; Rm 12. 4-8,
que as pessoas necessitam de capacitação para exercê-los e fazer
conforme a palavra de Deus, 1Pd 4.10,11. Quando o ministro exerce a
prioridade de seu ministério, a palavra, ele aperfeiçoa santos que por
sua vez exercem dons que edificam a igreja. Ela cresce saudável e
solida.
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